sábado, 14 de março de 2015

Aula 3 - Entradas e saídas digitais

Iniciei a aula pedindo aos alunos que alimentassem a breadboard. Ainda não é uma tarefa que todos cumpram sem dificuldade.

O teste da entrada digital foi feito com um interruptor de pressão. Depois do circuito (projetado na tela da sala) montado, os alunos verificaram a mudança de estado da entrada digital para "verdade" e "falso".

De seguida, pedi que voltassem a montar três LED às saídas 13, 12 e 11. É ainda necessário a projeção do circuito, os alunos não o fazem ainda de forma autónoma.

A seguir...a experimentação em Scracth! E pronto. Nesta fase, já tenho um bom grupo a testar várias programações possíveis, o que é sempre gratificante.

Passo seguinte: e se eu quiser usar o interruptor de pressão como de facto é usado no dia-a-dia? Se eu não quiser estar sempre a pressioná-lo e se em vez disso por cada vez que pressiono (e largo) quiser que o sistema entenda essa ação como uma instrução? Aqui, foi necessário apelar ao conceito de variável. Curiosamente, e aqui todos os créditos para a professora de Informática, a programação com a variável não se revelou particularmente difícil. No final dos 90 minutos, três quartos dos grupos tinham atingido os objetivos da sessão.

Deixo de seguida a apresentação que explorei nesta sessão...


...o circuito esquemático do último exercício proposto...





...e um pequeno vídeo com o "circuito da árvore de Natal" em funcionamento:





Como reflexão final, não posso deixar de referir que nesta fase dos trabalho é já evidente a motivação e a aptidão de determinados alunos para este tipo de trabalho (arrisco avançar com uma estimativa de 25% do grupo) e o evidente desinteresse de outros (volto a fazer uma estimativa de 25%). Os restantes alunos cumprem as instruções e procuram com a ajuda das professoras e colegas superar as dificuldades. Que me parecem estas estimativas? Há que não esquecer que o projeto foi implementado numa turma do vocacional seguindo o método de "voluntários à força". Pessoalmente, parece-me que foi importante que todos os alunos tivessem tido a oportunidade de contactar com este tipo de trabalho - alguns dos mais aptos nunca tinham trabalhado com eletrónica e não teriam tomado a iniciativa de frequentar um clube fora do seu horário escolar. Por outro lado, acho que começa a estar na altura de procurar para os alunos desinteressados outra ocupação mais do seu agrado. Não me parece que os alunos tenham muito a ganhar em avançar contrariados para circuitos mais exigentes.

Mais uma vez concluo que a democratização do sucesso só é possível (e em particular em turmas de currículos alternativos como é o caso da turma com quem estou a trabalhar) com a diversificação das ofertas educativas, o que permitiria que os alunos pudessem escolher o percurso que mais se adequasse  ao seu perfil. Será utopia, mas continuo a sonhar com uma escola que fosse vivida por cada um como um prazer e como forma de preparação para a vida e não uma obrigação legal.

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